Chocolate do sul da Bahia será apresentado pelo Sebrae na Febrachoco em Gramado
Um grupo formado por 10 empresários do segmento de chocolates finos sul da Bahia vai participar da Feira Brasileira do Mercado de Chocolate (Febrachoco) e do Congresso Latino Americano do Chocolate (Chocolatino), que acontecerão em Gramado (RS), de 29 a 31 de agosto. A missão, capitaneada pelo Sebrae, tem como principal objetivo promover ações de mercado, apresentando o chocolate produzido na região cacaueira da Bahia e abrindo novas possibilidades de negócio.
Os produtores baianos serão levados ao sul do País com 80% dos custos de participação nos eventos subsidiados pelo Sebrae. Durante o Febrachoco, os chocolates finos produzidos no sul do estado estarão disponíveis para degustação em um estande montado pelo Governo do Estado da Bahia, parceiro da iniciativa.
O técnico do Sebrae em Ilhéus, Eduardo Benjamin Andrade, explica que a participação neste evento pode trazer bons frutos aos empresários do sul do Estado, já que o período de realização da feira foi especialmente escolhido para permitir que toda a cadeia de negócios de chocolate faça seu planejamento de produção e comercialização para a Páscoa.
Ele ressalta que a Febrachoco é a maior feira profissional do Brasil, constituindo-se em uma grande oportunidade principalmente para pequenos e médios fabricantes. Para os grandes fornecedores do setor, será o momento de encontrar o trade reunido para ofertar seus produtos visando a Páscoa de 2013. Além da comercialização do chocolate, o evento também se estende aos segmentos agregados de matérias primas, equipamentos, ingredientes, embalagens, logística, distribuição, canais de comercialização e serviços profissionais.
O chocolate baiano - A história do sul da Bahia pode ser dividida em antes e depois da vassoura-de-bruxa, doença que em apenas 20 anos dizimou milhões de cacaueiros produtivos do sul da Bahia e transformou a região - que já fora a maior produtora de cacau do mundo - em importadora do produto. A crise fez fazendeiros tradicionais chegarem ao fundo do poço. Fazendas foram abandonadas e produções inteiras largadas ao léu. Durante anos o cacau chegou a ser visto como um negócio que tinha chegado ao fim.
Mas graças a um modelo sustentável de agricultura tropical, o cacau-cabruca, a lavoura está se redescobrindo. Trata-se de uma forma de plantio de cacauais, valorizando a exuberância do verde e a fartura dos recursos hídricos. O resultado é um fruto diferenciado, mais resistente à doença, hoje usado, dentre outras coisas, para a produção de chocolates finos na região. Algumas fábricas já em funcionamento investem na consolidação deste projeto. É esta a luz encontrada por alguns dos produtores para reconquistar os tempos áureos da região.